O próximo passo para CRISPR: edição de genes para as massas?

Publicado originalmente por MIT Technology Review

No ano passado, a Verve Therapeutics iniciou o primeiro teste em humanos de um tratamento CRISPR que poderia beneficiar a maioria das pessoas – um sinal de que a edição de genes pode estar pronta para se tornar popular.

Já sabemos o básico de uma vida saudável. Uma dieta balanceada, exercícios regulares e redução do estresse podem nos ajudar a evitar doenças cardíacas – a maior causa de morte no mundo. Mas e se você também pudesse tomar uma vacina? E não uma vacina típica – uma injeção que alteraria seu DNA para fornecer proteção vitalícia?

O primeiro destinatário – um voluntário na Nova Zelândia – tem um risco herdado de colesterol alto e já tem uma doença cardíaca. Mas Kiran Musunuru, cofundador e consultor científico sênior da Verve, acredita que a abordagem pode ajudar quase qualquer pessoa.

O tratamento funciona desativando permanentemente um gene que codifica uma proteína chamada PCSK9, que parece desempenhar um papel na manutenção dos níveis de colesterol no sangue.

“Mesmo se você começar com um nível de colesterol normal e desligar o PCSK9 e reduzir ainda mais os níveis de colesterol, isso reduz o risco de ter um ataque cardíaco”, diz Musunuru. “É uma estratégia geral que funcionaria para qualquer pessoa na população.”

Enquanto inovações mais recentes ainda estão sendo exploradas em laboratórios e animais de pesquisa, os tratamentos CRISPR já entraram em testes em humanos. É uma conquista impressionante quando você considera que a tecnologia foi usada pela primeira vez para editar os genomas das células há cerca de 10 anos. “Foi uma jornada bastante rápida até a clínica”, diz Alexis Komor, da Universidade da Califórnia, em San Diego, que desenvolveu algumas dessas novas formas de edição de genes CRISPR…

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