Publicado originalmente por Wired
Em meio a sanções isoladoras, uma gigante tecnológica russa planeja lançar novos telefones e tablets Android. Mas os especialistas estão céticos quanto à capacidade da empresa.
Desde a invasãoda Ucrânia há um ano, a Rússia enfrentou um êxodo de empresas e serviços de tecnologia. Isso inclui a saída da Samsung e da Apple, duas das marcas de smartphones mais populares do mundo. Em resposta, o país dobrou seus esforços para alcançar a autossuficiência tecnológica, incluindo a criação de um novo smartphone Android.
O aparelho, que ainda não tem nome, será construído pela National Computer Corporation (NCC), uma das maiores empresas de TI da Rússia, com a ambiciosa meta de vender 100 mil smartphones e tablets até o final de 2023. Alexander Kalinin, o fundador da NCC, disse à mídia local na segunda-feira que pretende investir 10 bilhões de rublos (US$ 132,9 milhões) no projeto e espera capturar 10% do mercado consumidor até 2026.
A notícia chega poucos dias depois que o Departamento de Comércio dos EUA proibiu as exportações para a Rússia de telefones e outros eletrônicos que custam mais de US$ 300. Especialistas dizem, no entanto, que um smartphone russo terá dificuldade em vencer concorrentes baratos da China e pode encontrar problemas com o uso do Android do Google.
“Acho que, embora os telefones possam ser Android para começar, o Google pode não permitir a licença completa no curto prazo”, diz Jan Stryjak, diretor associado da Counterpoint Research, uma empresa de análise do setor. “Os telefones podem precisar mudar para outro sistema operacional.”
O Google não oferece mais aplicativos pagos ou atualizações para esses aplicativos para usuários russos. Mas não impediu que as pessoas na Rússia usassem seus serviços gratuitos, como Gmail, Maps, Play e YouTube. O Google não respondeu imediatamente ao pedido da WIRED para comentar sobre as empresas russas que usam o Android…
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