Publicado originalmente por The Guardian
A maneira como a depressão se manifestava em camundongos no laboratório do psiquiatra e neurocientista Eric Nestler era assustadoramente identificável. Quando colocados em um recinto com um rato desconhecido, eles se sentavam no canto e mostravam pouco interesse. Quando apresentados a uma bebida açucarada, eles mal pareciam notar. E quando colocados na água, eles não nadavam – eles apenas ficavam lá, flutuando.
Esses camundongos foram expostos ao “estresse de derrota social”, o que significa que camundongos maiores e mais velhos repetidamente afirmaram seu domínio sobre eles. É um protocolo projetado para induzir depressão em camundongos, mas no laboratório de Nestler afetou alguns mais do que outros: aqueles com histórico de trauma precoce.
“O que se vê claramente nesses modelos de camundongos e ratos é que alguns que são expostos ao estresse no início da vida mostram maior suscetibilidade ao estresse mais tarde na vida”, diz Nestler, que trabalha na Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai, em Nova York.
Isso parece ser verdade para os humanos também. As razões ainda não estão claras, mas há evidências crescentes de que parte da resposta está na epigenética – processos que modificam a função de nossos genes sem alterar o código genético. Muitos pesquisadores agora pensam que o trauma da infância se insere biologicamente em nossos corpos, altera o funcionamento de nossos genes e coloca nossa saúde mental em risco…
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