Por que as ambições de veículos elétricos da China precisam de usinas de energia virtuais

Publicado originalmente por MIT Technology Review

A primeira vez que ouvi o termo “usinas de energia virtuais”, eu estava relatando como as ondas de calor extremas em 2022 sobrecarregaram a rede elétrica chinesa e levaram o governo a restringir o carregamento de veículos elétricos como uma solução de emergência. Disseram-me na época que as usinas de energia virtuais (VPPs) poderiam tornar quebras de rede como essa menos prováveis ​​de acontecer novamente, mas não tive a chance de me aprofundar para aprender o que isso significava.

Se você, como eu, não tem certeza de como uma usina de energia pode ser virtual, minha colega June Kim acabou de publicar um artigo perspicaz explicando a tecnologia e como ela funciona. Para o boletim informativo desta semana, aproveitei a chance de fazer mais algumas perguntas a ela sobre VPPs. Acontece que a tecnologia tem uma sinergia particularmente boa com a indústria de EV, e é por isso que o governo chinês começou a investir em VPPs. 

“VPPs são basicamente apenas agregações de recursos de energia distribuída que podem equilibrar a eletricidade na rede”, diz June — recursos incluindo carregadores de veículos elétricos, bombas de calor, painéis solares de telhado e conjuntos de baterias residenciais para backups de energia. “Eles estão trabalhando em coordenação para substituir a função de uma usina centralizada de carvão ou gás… mas também adicionam uma série de outras funcionalidades que são benéficas para a rede”, diz ela.

Para realmente aproveitar ao máximo esses recursos, os VPPs introduzem outra camada: um sistema inteligente central que coordena o consumo e o fornecimento de energia. 

Este sistema permite que as empresas de serviços públicos lidem com horários de maior demanda de energia fazendo ajustes como mudar o horário de carregamento dos veículos elétricos para 2 da manhã para evitar horários de pico.

O governo dos EUA está trabalhando para triplicar a capacidade de VPP até 2030, diz June. Essa capacidade é equivalente a 80 a 160 usinas de combustível fóssil que não precisam ser construídas. “Eles esperam que as baterias de EV e a infraestrutura de carregamento de EV sejam o maior fator na construção dessa capacidade adicional de VPP”, diz ela.

Considerando o impacto significativo que os VEs têm na rede, não é surpresa que a China, onde a revolução dos VEs está ocorrendo mais rápido do que em qualquer outro país, também tenha voltado sua atenção para os VPPs.

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Veja o artigo completo no site MIT Technology Review


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