Técnica de bebê com três pais pode criar bebês em risco de doença grave

Publicado originalmente por MIT Technology Review

Quando o primeiro bebê nascido usando um procedimento controverso que significava que ele tinha três pais genéticos nasceu em 2016, ganhou as manchetes. O bebê herdou a maior parte de seu DNA de sua mãe e de seu pai, mas também herdou uma pequena quantidade de uma terceira pessoa.

A ideia era evitar que o bebê herdasse uma doença fatal. Sua mãe carregava genes para uma doença em suas mitocôndrias. Trocá-los por genes de um doador – um terceiro pai genético – pode impedir que o bebê o desenvolva. A estratégia parecia funcionar. Agora, clínicas em outros países, incluindo Reino Unido, Grécia e Ucrânia, estão oferecendo o mesmo tratamento. Foi legalizado na Austrália no ano passado.

As descobertas estão fazendo alguns clínicos reconsiderarem o uso da tecnologia para doenças mitocondriais, pelo menos até entenderem por que a reversão está acontecendo. “Essas doenças mitocondriais têm consequências devastadoras”, diz Björn Heindryckx, da Universidade de Ghent, na Bélgica, que vem explorando o tratamento há anos. “Não devemos continuar com isso.”

“É perigoso oferecer esse procedimento [para doenças mitocondriais]”, diz Pavlo Mazur, embriologista de Kiev, na Ucrânia, que presenciou um desses casos em primeira mão.

As mitocôndrias são pequenas “fábricas de energia” que flutuam no citoplasma de nossas células. Enquanto a maior parte do nosso DNA está alojada no núcleo de uma célula, uma pequena fração reside nas mitocôndrias. Esse DNA mitocondrial, ou mtDNA, só é transmitido de mães para filhos…

Veja o artigo completo no site MIT Technology Review


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