Publicado originalmente por The Verge
Horas antes de Donald Trump chegar ao tribunal criminal de Manhattan na terça-feira, centenas de seus apoiadores mais fervorosos se reuniram em um parque do outro lado da rua. O New York Young Republican Club organizou o protesto, convidando a deputada Marjorie Taylor Greene (R-GA) e influenciadores conservadores como Jack Posobiec para falar.
O parque do tamanho de um quarteirão foi dividido em duas partes – manifestantes pró-Trump de um lado e anti-Trump do outro. A grande imprensa tinha sua própria seção, em grande parte coberta por tendas e escondida atrás de uma parede de câmeras de televisão. Entre essas barricadas, os manifestantes gritavam uns com os outros. “Vocês se identificam como uma merda esquisita”, gritou um homem vestindo uma camisa do Homem de Ferro e lentes de contato brancas. “Existem apenas dois pronomes!”
No Truth Social no mês passado, Trump alertou o mundo sobre o potencial de “morte e destruição” caso ele seja acusado de um suposto acordo de suborno em 2016. Depois de semanas de incerteza, chegou o momento: Trump veio da Flórida para se apresentar para acusação. A cidade de Nova York levou a sério a possibilidade de retaliação violenta, colocando 35.000 policiais do NYPD em estado de alerta caso o protesto, anunciado como “pacífico e patriótico”, provocasse violência. O objetivo era evitar a repetição da tentativa de Trump de interromper a eleição em 2021 – quando milhares de manifestantes, motivados por falsas alegações sobre a eleição, invadiram o Capitólio.
Se alguém não estava transmitindo, estava segurando um microfone no rosto de outra pessoa
Andando pelo parque, notei mais mãos segurando telefones do que cartazes ou bandeiras de Trump. Apesar da presença maciça da polícia e dos gritos furiosos, o contato físico mais violento que experimentei envolvia pessoas andando de um lado para o outro com os olhos grudados nas telas de seus telefones. Pelo menos meia dúzia de vezes, levei uma cotovelada de um adolescente filmando uma história no Instagram ou de um homem de meia-idade com cavanhaque vagando transmitindo ao vivo de dois telefones separados, AirPods nos ouvidos. Vários meios de comunicação informaram que havia mais jornalistas do que manifestantes no local, mas a linha entre os dois pode ser tênue – é difícil identificar a imprensa credenciada quando todos têm uma câmera.
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